quinta-feira, 3 de junho de 2010

O importante é o que fica no fim

O segundo post do dia, porque o post anterior já estava muito extenso e aquilo que quero dizer agora não fazia muito sentido lá.
A verdade é que hoje quando fui à biblioteca me lembrei muito da biblioteca da FFUL e das pessoas que estão agora a entrar em exames.
E comecei-me a lembrar das horas que passei naquela biblioteca e nas minhas épicas épocas de exames, e por estranho que pareça, até essa altura recordo com saudade. Quem conviveu comigo durante esses meses, agora deve pensar que perdi a cabeça, porque na altura só me queixava, alias, eu ficava "doente" só de pensar que ia começar a época de exames. Detestava aquela rotina de passar os dias em casa a estudar sem ver ninguém. Detestava o stress antes dos exames, aquele último dia antes do exame quando se pensa: "Bastava mais um dia e estava tudo sabido", ou então "Nunca na minha vida vou fazer esta cadeira".
Mas essas angústias e esses maus momentos agora já não tem o mesmo significado.
Aquilo que recordo agora são as nossas horas de estudo na biblioteca, com os intervalos para ir ao bar beber uma meia de leite e comer um pão com manteiga e os jantares na cantina quando era "adoptada" pela Luciana e pelo André.
As tarde de estudo na minha casa, com a teoria das trutas salmonadas enquanto estudávamos para bioestatísca e as mnemónicas absurdas que inventamos quando estudávamos para virologia.
A loucura por descobrir no molho de sebentas da D. Nini a sebenta que nos ia salvar de chumbar (com pouco trabalho de preferência).
As especulações no e-group sobre o que podia ou não sair no exame.
As sessões de resolução de exames, em que em cada versão do exame as correcções eram diferentes.
Os momentos caricatos como a ida aos Santos antes do exame de Gnósia e voltar para casa às 7 da manhã porque não havia transportes, a varicela que eu apanhei depois do exame de virologia e que me fez ir para o exame de farmacologia a arrastar-me, os concertos dos Pearl Jam e do Jack Johnson em vésperas de exames a que fui.
Os dias em que depois dos exames era obrigatório não fazer nada, com idas a sushi, tardes em Azeitão, passeios por Lisboa, idas a centros comerciais (estava lá sempre a faculdade toda), idas para o bairro, sessões de cinema (numa época de exames cheguei a ver todos os filmes que estavam no cinema na altura).
Podia continuar com esta lista extensa de memórias, mas com isto tudo o que quero dizer, é que por muito más que as coisas pareçam na altura, e por muito difícil que as vezes seja ultrapassar, o importante é aquilo que fica no fim, e dos piores momentos conseguem-se retirar boas memórias que nos deixam saudades.
Sim, até da época de exames tenho saudades.

6 comentários:

  1. Eu há um ano atrás faria exactamente o mesmo comentário :P

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  2. percebo o que dizes...

    catarina toscano

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  3. Alice!!

    Há muito que venho cuscar aqui o blog mas nunca comentei...mas já que tive a honra de ser mencionada neste post, não podia deixar de te dar um beijinho grande:P:P.

    Volta depressa para os papás, eheh!!

    P.S: hoje estive o dia todo na biblioteca...e amanhã para lá irei....

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  4. Luciana :)
    Que máximo...não sabia que vinhas ao meu blog. Acho q vou fzr melhorias na 2ª fase...por isso temos q combinar 1s "adopções" na cantina :P ***

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