quinta-feira, 3 de junho de 2010

"Maravilhas belgas"

Hoje durante o meu dia aconteceram duas situações que vem provar a minha teoria que a Bélgica está muitos passos atrás de Portugal em muitos aspectos. Desde que cá estou em várias pequenas situações tenho vindo a notar isso.
Estou longe de ser uma pessoa patriótica, aliás sempre tive a ideia que saindo de Portugal para a "Europa" era tudo muito melhor, que bastava a um pais europeu estar um bocadinho mais para norte e esse país era automaticamente melhor, mas tenho vindo a descobrir que isso é uma perfeita ilusão. Não somos perfeitos, e estamos longe disso, mas os outros estão tão ou mais longe que nós.
Começando pela primeira situação. Hoje fui para o laboratório sozinha porque o meu professor tinha um dia cheio de reuniões. Estava eu descansadíssima a fazer as mil e uma diluições homeopáticas aos "meus" DNAs, quando me apercebo que....se calhar...estava fechada no laboratório!
Ora bem, o que é que aconteceu? O meu laboratório quase nunca tem ninguém, à excepção de um senhor muito estranho cujas duas únicas funções na vida são abrir e fechar as portas do laboratório e por a máquina de lavar loiça do laboratório a funcionar. E pelos vistos, a primeira função ele não cumpre lá muito bem, em relação à segunda, calculo que seja exemplar a carregar no botão "on" da máquina (ninguém pode ser mau em tudo). Poderia fazer aqui uma descrição exaustiva do personagem, mas já entraria no campo da maldade, e é melhor não.
Lá consegui sair do laboratório, depois de várias tentativas que passaram por experimentar as chaves todas que estavam num chaveiro nas 3 diferentes portas e por uma quase que tentativa de saltar pela janela. O mais fácil acabou por ser mesmo pedir ajuda a quem passava no corredor.
O segundo episódio de hoje, sobre as "maravilhas belgas" foi a minha visita à biblioteca da universidade belga VUB. Estamos a falar de uma biblioteca que é comum a alunos de medicina e ciências farmacêuticas e que fica localizada em pleno centro da Europa, na cidade onde funcionam instituições como a Comissão Europeia. Supostamente devíamos estar a falar de uma biblioteca topo de gama, certo? Errado. A biblioteca é pior que má. Para vos dar uma pequena ideia, deve ter cerca de 8 estantes do estilo armazém. Fui procurar livros de biologia molecular e na secção de biologia molecular estavam 25 exemplares do "Lodish" e...nada, absolutamente mais nada. Inacreditável! Por último, apesar de toda esta falha ciêntifica podíamos estar a falar de uma biblioteca bonita, agradável para se estudar. Também não. A única coisa que se aproveita mesmo é a vista da janela.
Mas já chega de dizer mal. Entre estes 2 episódios no mínimo caricatos, o ponto positivo do dia foi sem dúvida o Barbecue da universidade, claro que está longe de ser um arraial das palmeiras, mas é o que se arranja.
Este Barbecue é uma espécie de festa de final de ano para todos os investigadores da universidade. Cada departamento tem uma mesa, há carne grelhada para toda a gente e depois cada mesa pode levar mais coisas. No fundo é um momento de convívio e descontracção para relaxar das horas passadas nos laboratórios.

Estive lá com a Helena e com o pessoal do laboratório dela.


Encontramos lá também a Chidem, a nossa colega turca aqui da residência.



2 comentários:

  1. lol, gostei da parte de ser um barbecue para os investigadores :P
    bjos
    Catarina Toscano

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  2. ora aqui está um elogio à biblioteca da FFUL que tem um inventário de livros bem mais alargado e um espaço bem agradável =D
    ora nalguma coisa temos de ser melhor que outros, não somos os piores em tudo, puxa! :P
    bjinho
    Melanie

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